Fernando Costa Mattos não é um mero nietzschiano a mais, ou seja, um dos seguidores de uma pseudoutrina de Nietzsche. Aprender com o mestre a filosofar, a trilhar novos caminhos do pensamento, é a proposta do autor, talvez como Nietzsche aprendeu com quem nomeou o mestre, Schopenhauer, dando uma espécie de reviravolta na filosofia da vontade. Este livro exibe um aprendizado em ação, do filósofo e da Sofia. O seu título já anuncia um enfrentamento do que seria a interpretação nietzschiana convencional, se é que tal epíteto pode caber a quem trata de Nietzsche o indivíduo diante da democracia, regime político que Nietzsche sabidamente desdenhava. Mas o autor enfrenta tal desafio com a coragem teórica de um estudioso e a coragem prática de alguém que quer interpretar e dar ao filósofo um feitio talhado para o hoje. Do prefácio de Maria Lúcia Cacciola